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Ser Mulher Hoje – A Visão de María Martha Arredondo Méndez

Maria Martha Arredondo Mendez, mais conhecida por Mayé Arredondo, é licenciada em Jornalismo e Comunicação Coletiva, com especialidade em Desenvolvimento Humano e Pedagogia Sistémica, Fundadora e Diretora do Corpo Alma Terapeutika no México.

Em 1996 iniciou-se nas Constelações Familiares, sendo formadora na Hellinger Sciencia. ⁣ É também especialista em Psicoterapias Gestalt; Programação Neurolinguística; Hipnose Eriksoniana; Perfil de Desenvolvimento Emocional (EDP)

No ãmbito da Semana do Dia Internacional da Mulher, convidamo-la a partilhar a sua visão sobre o que é Ser Mulher nos dias de hoje, pelo que ela generosamente nos deixou este testemunho:

Ser mulher hoje, nascer neste tempo, é um privilégio, uma oportunidade e um desafio.

Um privilégio porque desfrutamos do caminho e da realização de gerações e gerações de mulheres que caminharam em silêncio e conquistaram passo a passo novos espaços, mulheres que levantaram a voz à custa das suas próprias vidas e/ou da liberdade que agora desfrutamos.

Uma oportunidade que aproveitamos para nos desenvolvermos naquilo que propomos com as nossas próprias conquistas: social, familiar, laboral, política, desportiva, sanitária e em todas as áreas.

Existe agora a possibilidade de sermos mães se assim o quisermos, podendo também exercer a opção de não o ser. Não há muito tempo e ainda em muitos lugares, aquelas que não podiam procriar eram cruelmente discriminadas.

Neste tempo, 2021, o nosso poder criativo feminino constrói-se, acreditamos na equidade, crescemos e agradecemos que outros desenvolvam as suas potencialidades. Sabemos que também em casal ou sozinhos contribuímos para sustentar a família e a sociedade.

Neste tempo, somos testemunhas e por vezes figuras principais do “BASTA”: já não é possível continuar a fechar as nossas gargantas e deixamos sair como a dor dos gritos sufocados, dos corações feridos que se abrem para rasgar os seus segredos ancestrais perante o abuso histórico da sexualidade feminina em mil formas de escravatura.

É urgente dizer repetidamente NÃO à humilhação, NÃO ao assédio, NÃO às violações e NÃO aos femicídios que infelizmente ainda acontecem a milhões de mulheres. Acontecem em lugares distantes e próximos.

A voz unificada de mulheres e homens que dizem já basta, nunca mais, é maior e mais poderoso a cada dia.

O desafio para as mulheres de hoje é abrir-se e envolver-se conscientemente nesta realidade – por mais difícil que seja – e que engloba tanto homens como mulheres.

É imperativo aprender a ouvir com o coração, com inteligência, sem julgamento, compreender, discernir, falar, acompanhar e tornar possíveis os muitos caminhos que ainda faltam para que aqueles que ainda estão presos na cultura patriarcal aprendam sobre a sua condição de seres humanos, e exerçam os seus direitos a serem ouvidos e respeitados na sua diversidade.

As mudanças de paradigma estão a abalar o mundo feminino: é tempo de dar soluções às velhas exigências e ao diálogo entre mulheres de todas as idades e homens sensíveis que vivem a masculinidade de hoje, destes tempos.

Um privilégio, uma oportunidade e um desafio a aceitar para viverem juntos em paz e igualdade entre mulheres e homens.”

Maria Martha Arredondo Mendez é também uma das palestrantes do Congresso de Consciência Sistémica, no qual facilitará uma palestra e um workshop imersivo na área temática Relacionamentos Amorosos.

Assista aqui à gravação da Live realizada com ela em 2020 sobre o tema “Ser Hombre, Ser Mujer”

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Ser Mulher: Como Pode a Mulher Reconectar-se à Sua Verdadeira Força?

Somos 50% pai e 50% mãe, mas é com a mãe que a menina aprende a ser mulher. Esta influência da linhagem feminina vai muito além do que julgamos saber. Até que ponto ela nos pode influenciar? E como podemos encontrar este caminho de volta à origem?

Ser Mulher: Como Pode a Mulher Reconectar-se à Sua Verdadeira Força?

Quando revisitamos várias gerações de mulheres, através da abordagem sistémica, encontramos histórias familiares de ruturas, recomeços, relações de amor e poder, exclusão e servir. Todas presentes em nós: luz e sombra. O empoderamento nasce aqui, da reconciliação e cura da relação com as nossas ancestrais.

Anna Patrícia Chagas aborda a importância deste olhar sistémico sobre a construção da identidade feminina e da alma coletiva, em ressonância com toda a linhagem e histórias familiares transgeracionais de cada um de nós.

Isto é conseguido quando as mulheres se ligam à força da sua origem, à força de todas as mulheres que vieram antes, e aceitam a sua história da forma que ela foi. O mais desafiador é dizer sim à nossa história. Especialmente quando ela está envolta de dor, ou de situações que era mais fácil excluir e rejeitar. Só que é precisamente o que rejeitamos que se apodera de nós.

O trabalho da Anna Patrícia Chagas é bastante direcionado à linhagem feminina e ao processo de reconexão e cura com a ancestralidade. Há uma frase dela que não podemos deixar de citar:

Devemos olhar para o nosso útero, como para o nosso coração. Ele chora as dores do nosso feminino ferido.

É à medida que olhamos e nos ligamos a este órgão, que começamos um caminho de reconexão com a camada mais profunda do feminino, de cura da relação com a mãe e de honra às mulheres da linhagem.

Anna Patrícia Chagas é Psicóloga, Coach Sistémica, Consteladora Familiar e Terapeuta Comunitária e trabalha desde 1999 com famílias, casais e atendimentos terapêuticos. É Facilitadora de Círculos de Mulheres e Mentora de mulheres que desejam profissionalizar-se nesta área. Mestre em Ciências da Religião pela PUC-SP, foi professora universitária e coordenadora de cursos de pós-graduação em diferentes instituições

É também uma das palestrantes do Congresso de Consciência Sistémica, no qual facilitará uma palestra e um workshop imersivo sobre temática Relacionamentos Amorosos.

Pode completar esta visão sobre a Linhagem Feminina, pode assistir  à Live  realizada com a oradora no âmbito do Congresso de Consciência Sistémica: